terça-feira, 9 de junho de 2009

E Recife disse Amém

Amanhã, 10/06, a seleção brasileira volta a jogar em Recife depois de 16 anos. A última apresentação da seleção brasileira na cidade foi em 1993, nas eliminatórias para a Copa do Mundo do ano seguinte. A seleção goleou a Bolívia, 6 a 0.

A grande mídia vem dando grande destaque para o fato de que a seleção brasileira ser sempre bem recebida em Recife. Relembrando, foi no jogo de Recife de 1993 que a seleção entrou, pela primeira vez, de mãos dadas, gesto repetido até a conquista do tetra. Foi também em Recife que a seleção desembarcou ao voltar dos EUA após a conquista.

O que não vemos na Globo e companhia é o porque Recife ficou tanto tempo sem receber jogos da seleção. E a explicação é simples. Carlos Alberto Oliveira, presidente da Federação Pernambucana de Futebol, após 1994 virou um opositor de Ricardo Teixeira. O dirigente deixou de abaixar a cabeça para Ricardo Teixeira. Contestou contas da CBF publicamente e votava contra a aprovação das mesmas. E o ápice da coragem, ousou se candidatar a presidência da CBF em 2003. Seu resultado demonstra com as federações são massa de manobra de Ricardo Teixeira. Teve apenas um 1 voto, o da sua federação.

Mas Ricardo Teixeira, como um bom monarca que acha que é, é piedoso. Carlos Alberto Oliveira voltou a ser apenas um capacho do mandatário da CBF. Como resultado, Recife foi escolhida uma as 12 sedes para a Copa do Mundo de 2014 e a seleção brasileira volta a jogar em Recife.

Esse episódio serve apenas para demonstrar como Ricardo Teixeira faz o que quer com o futebol brasileiro, pois a estrutura de nossa paixão não passa de um feudo deste monarca absolutista.

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